O Lixo Eletrônico possui muitos nomes, como e-lixo, resíduos de equipamento eletroeletrônico (REEE) ou simplesmente resíduo eletrônico. Os termos se referem a produtos elétricos ou eletrônicos que são descartados por não terem mais utilidade, ou seja, poderiam ser reciclados aos invés de destinados em um aterro sanitário.
The Global E-Waste Monitor 2024, a produção de lixo eletrônico mundial está aumentando cinco vezes mais rápido do que a reciclagem documentada, o relatório destaca que em 2022 foram produzidos 62 bilhões de quilos de resíduos eletrônicos, quantidade 82% maior do que em 2010, atingindo um recorde histórico.
Nesse cenário, o documento informa que o Brasil é o quinto país que mais gera lixo eletrônico no mundo, com cerca de 2,4 mil toneladas anuais. Isso representa um aumento de quase 12% em relação ao estudo anterior, de 2020, que indicava 2,1 mil toneladas.
O lixo eletrônico pode ser classificado em quatro categorias básicas, cada uma com especificações diferentes quanto ao tamanho e aplicação e que se não forem descartados e manuseados de forma correta, podem causar impactos negativos para o meio ambiente e consequentemente a saúde humana. Os processos de coleta, transporte e tecnologias de reciclagem de cada categoria também variam. Por isso a importância da gestão correta de cada uma delas. Veja abaixo quais são as categorias:
- Grandes equipamentos: geladeiras, freezers, máquinas de lavar, fogões, ar condicionados, microondas, grandes TVs, etc.
- Pequenos equipamentos e eletroportáteis: torradeiras, batedeiras, aspiradores de pó, ventiladores, mixers, secadores de cabelo, ferramentas elétricas, calculadoras, câmeras digitais, rádios, etc.
- Equipamentos de informática e telefonia: computadores, tablets, notebooks, celulares, impressoras, monitores e outros.
- Pilhas e bateria portáteis: pilhas modelos AA, AAA, recarregáveis, baterias portáteis de 9 V, etc.
Os produtos contêm diferentes materiais, como plásticos, metais, vidros e muitos outros, que podem ser desmontados, reciclados e usados como matéria-prima para fabricação de novos produtos. A reciclagem contribui para a redução da extração de recursos da natureza, além de gerar novos empregos e uma nova cadeia de empresas.
Temos, desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305, que procura organizar a forma como o setor público e privado devem tratar os resíduos. A lei trata de todos os materiais que podem ser reciclados ou reaproveitados, sejam eles domésticos ou industriais. A PNRS indica que a responsabilidade pela logística reversa de alguns produtos, dentre eles, os eletroeletrônicos, pilhas e baterias deve ser dos fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores, mas todo esse processo só começa com a participação efetiva dos consumidores descartando seus produtos fora de uso em locais adequados para que sejam coletados e reciclados adequadamente. Todos devemos fazer a nossa parte.